segunda-feira, 13 de junho de 2011

Grupo de música instrumental leva chorinho e oficina de música para as crianças do Juvenópolis (Matéria de O Jornal)

Projeto Pró-Música Juvenópolis leva shows e oficinas de música para jovens e crianças

Publicado por Redação em 11/06/2011 as 09:59
Arquivado em Cultura, Variedades



Com o objetivo de formar músicos para a criação de uma orquestra no bairro, Chã da Jaqueira, o Projeto Pró-Música Juvenópolis, dirigido pelo Maestro Max Carvalho vai levar nesta quarta feira (15), a música instrumental ao bairro. O Trio Cai Dentro, composto pelos músicos Bruno Palagani (cavaquinho e bandolim), Milka Waltari (percussão) e Wilbert Fialho (violão) vaiparticipar voluntariamente do projeto. .
O grupo de música instrumental e popular brasileira faz releituras de obras de compositores renomados como Jacob do bandolim, Waldir Azevedo, Pixinguinha, Luiz Gonzaga entre outros grandes nomes.
O Projeto Pró-Música Juvenópolis foi implantado em 2008 e é desenvolvido em parceria com o Instituto Juvenópolis e a Arquidiocese Metropolitana de Maceió, o projeto objetiva a implementação de um sistema de educação e performance musical de qualidade com a comunidade, em especial crianças e adolescentes em risco e vulnerabilidade social.
As crianças e adolescentes recebem aulas de canto coral, flauta-doce, violoncelo, piano e teoria musical; são levados e estimulados a assistirem a concertos em igrejas, teatros e outros equipamentos culturais.
Na sede do Projeto, apresentações de coros, grupos de câmara, bandas e orquestras, fomentando a formação de plateia em música de concerto; além de realizarem recitais e concertos em algumas cidades do Estado.
As ações de apoio, shows de artistas alagoanos e oficinas visando motivar ainda mais os jovens e crianças que participam do projeto, conta com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), através da diretoria do Museu Palácio Floriano Peixoto que está incentivando esta ação.
Segundo o diretor do Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa), José Márcio Passos, essas ações serão muito produtivas tanto para as crianças e jovens que participam do projeto, como para os próprios músicos que terão a oportunidade, de ajudar, de forma voluntária, na formação desse público. “Como diretor do Mupa e sendo uma pessoa da área cultural, estou contribuindo com minha experiência e faço um convite para artistas ou não, que venham dar sua contribuição voluntária a este projeto que ajuda no desenvolvimento cultural das novas gerações.” ressalta
Após o show, os integrantes do Trio Cai Dentro promoverão uma oficina sobre música, instrumentação e a vida do músico contando um pouco das próprias experiências para as crianças que integram o projeto.
O show e a oficina acontecem na igrejinha de Juvenópolis, Chã de Jaqueira, no dia 15 de junho, às 15h. Mais informações sobre o evento e como participar do Projeto: 8833 5880.
Assessoria Secult/AL

terça-feira, 7 de junho de 2011

Matéria sobre o Pró-Música Juvenópolis no Jornal Extra

Extra Alagoas - AL
01/06/2011 - 11:35

Projeto Pró-Música Juvenópolis investe em novos talentos

Iniciativa leva crianças e adolescentes a trocarem as ruas pela música de qualidade

Maria Salésia sallesia@hotmail.com

O grupo era pequeno, mas afinado. Jordão, Jane, Paulinho e Hebert recepcionaram a equipe do jornal Extra na tarde da segunda- feira, 23, com uma peça do período renascentista, século XVI, "Pavane" e em seguida uma canção de ninar alemã- "Wiegenlied". Os garotos fazem parte do projeto Pró-música Juvenópolis desenvolvido pelo maestro Max Carvalho e a soprano Elvira Rebelo em parceria com o Instituto Juvenópolis e Arquidiocese de Maceió. A iniciativa busca implementação de um sistema de educação e performance musical de qualidade com a comunidade, em especial crianças e adolescentes em risco e vulnerabilidade social.
Da RedaçãoDa Redação
Pianista Selma Brito ao piano com aprendiz do projeto. Grupo mostra sua arte a equipe do jornal Extra. Maestro Max Carvalho idealizador do Pró-Música Juvenópolis

Os alunos têm aulas de canto coral, flauta-doce, violoncelo, piano e teoria musical. Mas as atividades não param por aí. Eles assistem a concertos em igrejas, teatros e outros espaços culturais. Na sede do projeto recebem apresentações de coros, grupos de câmara, bandas e orquestras, fomentando a formação de plateia em música de concerto. Outro incentivo para os participantes do projeto é a realização de recitais e concertos em algumas cidades alagoanas como Maceió, Marechal Deodoro e Coqueiro Seco.

Na sala piloto, ao lado de um piano francês que tem mais de 100 anos, adquirido através de doação, o maestro Max Cavalcante se emociona ao falar do projeto, que segundo ele, é embrionário, mas que nestes três anos de existência tem co-lhido frutos. O idealizador diz que por se tratar de um projeto de cunho social, a questão não é só ensinar a música que por si só é difícil, mas "o grande barato é que não é feito a toque de caixa."

A iniciativa atende cerca de 30 crianças e adolescente de forma direta e indiretamente a quase 300. Max garante que não existe obstáculo para participar do projeto. A partir dos oito anos já pode ingressar. Apenas são seguidos alguns critérios, mas como a música é um universo grande percebe-se quem tem mais aptidão para instrumento ou voz. "É uma alegria ver esses brotos. No segundo semestre alguns serão agentes multiplicadores, pois aquele que recebe de graça dá de graça. Esta felicidade não tem preço. Assistimos a cada dia o crescimento deles em todos os sentidos e isso é gratificante", afirmou o maestro.

Max diz que é muito bom fazer parte deste projeto. Ele elogia o grupo ao afirmar que o bacana é que embora esse viés da música não seja tão divulgado é emocionante ver a garotada querendo estudar Vila Lobos, Bethower, Mozart. "Alagoas tem espaço latente. Dizer que é fácil viver de música, é não, mas desisti do Direito pela música e não me arrependo e já são 21 anos de regência", disse.

Os alunos também participam de recitais e concertos como o projeto Concerto aos Domingos, coordenado pela pianista Selma Teixeira Brito e que acontece no primeiro domingo de cada mês desde 2001. "Antes tínhamos que marcar hora com os meninos para ir assistir, agora vão sozinhos e se deixar não saem mais de lá", brinca Max.

Mas o que teria levado este baiano de Salvador que vive em Alagoas há 26 anos, maestro renomado, com graduação em música e vários cursos pelo Brasil a fora a dedicar parte de seu tempo a este projeto? A resposta está na ponta da língua do maestro que aos oito anos se apaixonou pela música, aos 12 era professor de violão e aos 13 estudava piano na Católica da Bahia. "Simplesmente o amor a música."

Outra idealizadora do projeto é a soprano Elvira Regina Rebelo Gonçalves, formada em canto lírico pela Ufal, e que atua como solista e preparadora vocal da Camerata Pró-Música de Alagoas. Ela disse que quando conheceu o local já vislumbrou e teve a certeza de que aqueles meninos iriam abraçar a música e que seria um norte para a vida deles. "Foi amor a primeira vista. Eles foram se apaixonando pela gente e a gente por eles", é só elogio Elvira.

Implantado em 2008, o projeto para este ano, além das atividades já mencionadas, está prevista a inserção de aulas de violino, flauta transversal e clarinete. "A gente já caminhou muito, mas muito tem a ser feito. Antes esta sala era depósito, hoje aqui respira música", comparou Elvira.
APLAUSO PARA ELES- "Vim por um acréscimo. Aí estou assim: radiante. Vim conhecer e me apaixonei. Foi amor a primeira vista. Eles tocam música lendo (partitura) e isso é fantástico". A afirmação é da pianista Selma Teixeira Brito, coordenadora do projeto Concerto aos Domingos, que é vo-luntária do Pró-música Juvenópolis. A pianista disse que quem a trouxe ao projeto foi o amor a música e o aplauso vai para Max e Elvira que é doação pessoal. Com vasto conhecimento musical, Selma Brito se emociona e diz ter certeza que neste projeto cada garoto terá o sentido de vida em sua plenitude.

Quem também aplaude aos professores é Maria Jane Cássia, 17 anos, moradora do Flechal de Baixo. Ele está desde o início do projeto e toca flauta, violoncelo e estuda piano. A aprendiz falou que sempre teve vontade de se expressar pela música. "O que me trouxe aqui foi à paixão pela música e o que me mantém é a vontade de aprender mais", diz orgulhosa porque agora vai ser "agente multiplicadora."

Herbert Guilherme, 19 anos, que mora na Chã da Jaqueira, está no projeto há cerca de um ano. Já tocava violão e confessa que sempre se interessou pela música, mas nunca teve oportunidade. "A musicalidade aqui é ótima. A música me faz ser mais culto. Até a educação melhora, prestamos mais atenção as coisas, além do que o projeto ocupa nosso tempo", disse Herbert que tem aula de flauta, violoncelo e piano.

Jordão Franklin, 17 anos, há dois anos no projeto diz que ouviu o ensaio, falou com o maestro e começou a ter aula. "Não fazia nada as tardes. Agora posso fazer faculdade de música. Para mim mudou muito e para melhor", garantiu o aprendiz que tocava violão na igreja e estuda piano, violoncelo, flauta e canto. Paulo Henrique, 13, há três anos no projeto, veio pela curiosidade em saber como é a música. "Acho muito bom aqui. Muita coisa mudou, até agora só coisa boa. Meu sonho é sair daqui um músico e ter uma profissão", disse o mascote do grupo.

AJUDA- Qualquer ajuda é bem vinda. O grupo necessita de instrumentos e boa parte do acervo precisa de reparo, a exemplo do piano centenário que o conserto fica em torno de R$ 10 mil. Contato pelos e-mail: maxpromusica@hotmail.com e elvira.rebelo@hotmail.com